EBD - Lição 5 (JOVENS) - A revelação de Deus confronta o secularismo - 3 Tri 2024

EBD – Lição 5 (JOVENS) – A revelação de Deus confronta o secularismo – 3 Tri 2024

EBD – Lição 5 (JOVENS) – A revelação de Deus confronta o secularismo – 3 Tri 2024

TEXTO PRINCIPAL

“Então, foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o Deus do céu.” (Dn 2.19)

RESUMO DA LIÇÃO

O sonho revelado a Daniel mostra o mundo sobrenatural e que o reino de Deus não tem fim.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Js 1,9 Não se apavore

TERÇA – Tg 5,16 A oração pode muito em seus efeitos

QUARTA – 1Sm 9.15 Deus revela

QUINTA – Fp 2.3 Agindo com humildade

SEXTA – 1 Co 2.10-12 O Espírito revela as coisas de Deus

SÁBADO – At 1.7; 1Ts 5.1 Os tempos e as estações pertencem a Deus

OBJETIVOS

I) CONHECER as circunstâncias do sonho de Nabucodonosor:

II) APRENDER com a conduta de Daniel e a interpretação do sonho:

III) CONTEXTUALIZAR a revelação de Deus em tempos de secularismo.

INTERAÇÃO

Prezado(a) professor(a), dando sequência ao livro de Daniel, o capítulo dois apresenta um acontecimento que colocará em risco a vida dos jovens hebreus, envolvendo a interpretação do sonho de Nabucodonosor.

Nesta aula, será importante explorar o significado deste sonho profético, por meio do qual Deus revela o seu plano soberano para os governos mundiais e confirma o reino messiânico. Semelhantemente, esta passagem bíblica possibilita aprender com Daniel sobre como agir diante de um momento de crise e perigo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado(a) professor(a), nesta aula, a fim de esclarecer e facilitar a compreensão dos alunos sobre o significado do sonho de Nabucodonosor, reproduza em algum recurso visual a demonstração da estátua. Destaque o cumprimento histórico do sonho, com os impérios mundiais que existiram.

TEXTO BÍBLICO

Daniel 2.1-5

1 E no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve Nabucodonosor uns sonhos; e o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o seu sono.

2 E o rei mandou chamar os magos, e os astrólogos, e os encantadores, e os caldeus, para que declarasse ao rei que tinha sido o seu sonho; e eles vieram e se apresentaram diante do rei.

3 E o rei lhes disse: Tive um sonho; e, para saber o sonho, está perturbado o meu espírito,

4 E os caldeus disseram ao rei em siríaco: O rei, vive eternamente! Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação,

5 Respondeu o rei e disse aos caldeus. O que foi me tem escapado; se me não fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um monturo.

EBD JOVENS CPAD3° TRIMESTRE DE 2024 – REVISTA: PADRÃO BÍBLICO PARA A VIDA CRISTÃ – Caminhando Segundo os Ensinos das Sagradas Escrituras – Escola Biblica Dominical – Lição 5 (JOVENS) – A revelação de Deus confronta o secularismo – 3 Tri 2024 – PROGRAMA EBD COMENTADA ONLINE – Lição comentada pelo Pastor Mário Luna.

INTRODUÇÃO

Você já teve a experiência de ter um sonho e, na manhã seguinte, não conseguir se lembrar dele? O capítulo dois do livro de Daniel narra o episódio no qual, algo semelhante ocorreu com Nabucodonosor, deixando-o atormentado. Porém, como veremos, não se tratava de um sonho comum.

O jovem Daniel foi convocado e, por revelação divina, deu tanto a descrição quanto a interpretação do sonho, mostrando o plano de Deus para os governos mundiais. Neste estudo também aprenderemos com as atitudes de Daniel diante de uma situação de crise.

01 - Como Facilitar meu estudo da Bíblia
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I- O SONHO PERTURBADOR DO REI

O sonho de Nabucodonosor revelou a fragilidade dos poderosos. Embora seu reino parecesse invulnerável, com poder, riqueza e fama, o sonho abalou o rei. Ele sentiu-se ameaçado por alguém maior que ele, percebendo que a segurança de seu império estava sob risco por algo fora de seu controle, invisível e além deste mundo. Isso o deixou inseguro, inquieto e perturbado.

1- Um sonho esquecido (2.1-5).

No capítulo dois do livro em estudo, somos apresentados a primeira crise enfrentada por Daniel, que colocou ele e seus companheiros em perigo. Tudo começou com um sonho perturbador que assolou Nabucodonosor e o deixou sem dormir.

Para agravar, no dia seguinte o rei não conseguia se lembrar do conteúdo do sonho. Para nossa cultura, esse tipo de esquecimento é comum, mas na superstição oriental da época, era considerado um mau presságio (algo que anuncia o mal), indicando a ira das divindades.

Por essa razão, o rei ficou profundamente angustiado. A primeira ação do rei foi convocar um grupo diversificado de conselheiros reais, que incluía magos, astrólogos, feiticeiros, encantadores e caldeus.

Esses indivíduos eram especialistas em várias áreas do conhecimento e da ciência da época, incluindo previsões políticas, econômicas e sociais. No entanto, para realizar a tarefa que lhes foi incumbida, eles precisavam de informações mais detalhadas, pedindo ao rei a descrição do sonho.

Para surpresa e temor desses conselheiros, eles ficaram sabendo que a tarefa não se limitava apenas a interpretar o significado do sonho, mas também a relatar o próprio sonho. Essa exigência era incomum e parecia absurda, quase como uma brincadeira cruel, pois, se não fossem capazes de atendê-la, seriam condenados à morte.

Diante dessa situação, foram forçados a pedir novamente: “Conte-nos o sonho e daremos a sua interpretação” (2.7).

2- A impotência humana.

Ao perceber que os peritos estavam tentando ganhar tempo, Nabucodonosor reafirma sua sentença, ameaçando-os com a pena de morte. Os caldeus, líderes da classe sacerdotal, reconhecem sua própria incapacidade de atender ao pedido, pois se tratava de algo extremamente difícil, senão impossível.

Eles afirmam que nenhum ser humano comum seria capaz de realizar tal feito, e que nenhum rei, por mais poderoso que fosse, havia feito uma exigência tão extraordinária. Eles não acreditavam naquele tipo de revelação.

Embora fossem peritos em diversas áreas do conhecimento, possuíam uma visão eminentemente naturalista. Precisavam de dados compreensíveis à mente humana, para que pudessem interpretar o sonho. Apesar de acreditarem que os seus deuses tinham esse poder, não achavam que eles pudessem comunicá-lo aos homens (2.11).

3- Daniel, é chamado.

Inflamado de raiva, Nabucodonosor dá ordens para executar todos os sábios do reino.

Nabucodonosor revela sua prepotência mesmo na hora de perturbação de espírito, demonstrando isso de três maneiras.

Primeiro, exigindo dos homens o que não podiam oferecer (v. 5,10,11). Ele demandou o impossível, ignorando as limitações dos magos da Babilônia.

Segundo, oferecendo vantagens financeiras e promoções (v. 6). Com poder e riqueza, o rei tentava subjugar o mundo.

Terceiro, determinando o extermínio dos sábios para satisfazer um capricho pessoal (v. 5,8,9,12,13). Ele não respeitou as limitações dos sábios, acusando-os de esperteza e conspiração, e ordenando sua execução sumária.

Da mesma forma, esse sentimento de insegurança e complexo de ansiedade são causas da tirania política moderna. Quanto mais alto um homem sobe, mais medo tem de perder o poder e mais inseguro se torna. Isso prova que poder, riqueza e fama não dão segurança ao homem nem satisfazem sua alma.

Nesse momento, Daniel e seus companheiros, embora não ocupassem posições de destaque, estão entre aqueles que podem ser condenados à morte (2.13).

Mas por que seriam condenados à morte? Embora ainda não ocupassem posições de destaque, eles eram sábios e, por isso, estavam na lista para morrer.

Dn 1:19-20 na (ARC) diz:  19 – E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, permaneceram diante do rei. 20 – E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino.

Imagine-se na situação desses jovens. Diante de uma crise iminente em que suas vidas estão em perigo, o que passaria por suas mentes? Uma coisa é certa: eles não entraram em pânico! Mesmo cientes do risco, eles não permitiram que o medo exagerado e paralisante os dominassem.

SUBSÍDIO 1

Os consultores babilônios de Nabucodonosor não acreditavam que houvesse algo corno revelação, Seus deuses não se comunicavam com os seres humanos, sua epistemologia era naturalista.

Seus pontos de vista não eram diferentes em essência dos pontos de vista dos estudiosos que pensam que Daniel não poderia ter escrito seu livro no século VI a.C., porque ele não poderia ter tido acesso a informações sobre acontecimentos que ainda não haviam ocorrido, Esses estudiosos não acreditavam na categoria da revelação.

O seu universo é o universo dos naturalistas ou possivelmente até dos materialistas: um sistema fechado de causa e efeito não perturbado pelo sobrenatural, Sua epistemologia é a epistemologia do iluminismo,’ (LENNOX John, Contra a Correnteza: A inspiração de Daniel para uma Época de Relativismo, Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p, 111).

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II- A CONDUTA DE DANIEL E A INTERPRETAÇÃO DO SONHO

1- As atitudes de Daniel.

Dn 1:17 na (ARC) diz: Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos.

Foi a sabedoria que Deus deu a esses jovens que permitiu a Daniel saber o que fazer diante de uma situação que era impossível para os homens. Apenas vidas obedientes e totalmente dependentes de Deus podem ter essa sabedoria.

Ao tomar conhecimento da sentença, Daniel adota algumas medidas para lidar com a situação. Em primeiro lugar, ele busca compreender melhor o que estava acontecendo, usando sabedoria e bom senso ao conversar com Arioque, o oficial do rei (2.14,15).

Em segundo lugar, ele vai ao rei e solicita mais tempo (2.16). Nem sempre as questões se resolvem rapidamente, e nem sempre Deus age de imediato. Além disso, o fato de o pedido ter sido aceito demonstra que Daniel era uma pessoa de palavra e não estava simplesmente adiando o problema.

Em terceiro lugar, ele compartilha a situação com seus amigos (2.17,18). Isso destaca a importância de termos amigos não apenas para momentos de diversão, mas também para intercessão e apoio mútuo.

Em quarto lugar, eles oram pedindo misericórdia. Os jovens estudantes pedem a intervenção divina. Você pode entender a importância desse ato? Em vez de desespero, eles se voltam para o Senhor, reconhecendo que somente Ele é capaz de salvá-los. A oração do justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16).

Quando o mundo se vê sem esperança, os filhos de Deus ainda têm a oração como recurso. Enquanto os magos imploravam ao rei da Babilônia que revelasse o sonho, Daniel fez o mesmo pedido ao Rei dos reis, o Senhor Deus Todo-Poderoso.

2- Deus atende à oração.

A atitude de Daniel ao receber a revelação do sonho e sua interpretação, já que Deus lhe deu esse dom, foi muito diferente do que vemos hoje em muitos que recebem dons espirituais. Daniel não se promoveu nem se exaltou.

Como resposta a oração dos jovens, Deus revela o mistério a Daniel em uma visão durante a noite. A seguir, testemunhamos as nobres características desse jovem exemplar em sua conduta:

a) Gratidão: A primeira atitude de Daniel e expressar sua gratidão ao Senhor, reconhecendo e exaltando sua soberania e bondade (2.20,23)

b) Bondade: Ao comunicar a revelação ao oficial encarregado, Daniel intercede pela vida de todos os sábios da Babilônia (2.24). Ele demonstra generosidade e não age de forma egoísta ou traiçoeira, mesmo em relação aos incrédulos, Como crentes, não devemos retribuir o mal com mal (1 Pe 3.9; Rm 12.17).

c) Humildade: Diante do rei, Daniel faz questão de enfatizar que há um Deus nos céus que é capaz de revelar todos os segredos. Ele não se vangloria nem busca se mostrar superior: pelo contrário, atribui todo o mérito a Deus, a fim de que o rei possa compreender o significado do sonho (2.30).

3- A interpretação e a recompensa.

Daniel compartilha a descrição do sonho do rei, que envolvia uma estátua assustadora, A estátua tinha uma cabeça de ouro puro, peito e braços de prata, ventre e quadris de bronze, pernas de ferro e pés feitos de uma mistura de ferro e barro.

Subitamente, uma pedra aparece, sem a ajuda de mãos humanas, e atinge os pés da estátua, fazendo com que ela se despedace completamente. A pedra se transforma em uma grande montanha que preenche toda a terra.

Cada parte da estátua representa um reino diferente, revelando o plano de Deus na história. O reino de Nabucodonosor, representado pela cabeça de ouro, será sucedido por três outros reinos mundiais. Por fim, a pedra que destrói a estátua simboliza o reino de Deus, que é eterno e jamais terá fim (2.44).

a) “A cabeça de ouro” (vv.32,36-38). Exemplificava o reino da Babilônia. Nabucodonosor a governou por 41 anos e a transformou no império mais poderoso da época.

b) “O peito e os braços de prata” (vv.32,39). Trata-se do império Medo-Persa. Os dois braços ligados pelo peito representam a união dos Medos e dos Persas.

c) “Ventre e os quadris” (vv.32,39). Retrata o império Grego. Foi Alexandre Magno que dominou o mundo inteiro constituindo assim um dos impérios mais extensos na história da humanidade até a sua morte prematura.

d) “Pernas de ferro” (vv.33,40-43). Refere-se ao último império da história, o romano. Os pés de ferro e barro indicam a fragilidade deste império. A mistura entre ferro e barro não ocorre. O império romano, por um lado era poderoso (ferro), mas por outro, frágil e decadente (barro).

“A pedra cortada, sem ajuda de mãos” (2.45). Esta “pedra” representa o reino de Cristo intervindo nos reinos do mundo. Cristo é a pedra cortada que desfará o poder mundial do Anticristo           (Dn 2.45; Sl 118.22; Zc 12.3). A pedra cortada vinda do monte significa, figuradamente, a vinda do Rei esmiuçando o domínio imperial e pagão deste século (Dn 2.44,45). Cristo é quem regerá as nações para sempre!

Após a explicação, o rei reconhece a veracidade da revelação. Diz que o Deus dos jovens hebreus e o Deus dos deuses e o Senhor dos reis (2.47). Além de presentear Daniel, o pôs como governador de toda a província da Babilônia e chefe de todos os sábios da Babilônia.

Os servos de Deus podem alcançar posições de destaque na sociedade pela excelência de seus trabalhos e obediência à vontade do Senhor.

SUBSÍDIO 2

“O secularismo Segundo o Dicionário Teológico (CPAD) o secularismo é a doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. Para o secularista, o homem, e somente o homem, é a medida de todas as coisas. Quando a família se seculariza, os valores espirituais, bíblicos são desprezados e os valores humanos e materiais são exaltados.

Como cristãos não podemos nos conformar com o pecado, a iniquidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos ser santos em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.15,16). Muitas famílias estão sendo influenciadas, pela mídia, a viverem um estilo de vida materialista e hedonista. Não podemos jamais nos esquecer que precisamos ser “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5,13,14).

Como sal precisamos ter uma vida familiar de tal forma, que os que nos veem, ou nos ouvem, sintam a nossa família fazer diferença marcante no ambiente em que nos situamos. Como luz, precisamos, com nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta.’ RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã no Século XXI; Protegendo seu Lar dos Ataques do inimigo. Lições Bíblicas Adultos. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.)

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III- A REVELAÇÃO DE DEUS EM TEMPOS DE SECULARISMO

1- A infalibilidade da Palavra de Deus.

Um dos ensinamentos deste episódio é que a Palavra de Deus não falha. Estamos diante de uma das mais notáveis profecias que se cumpriu na história, numa referência aos impérios que vieram logo depois do império Babilônico, império Medo-Persa, império Grego e império Romano.

Muitos anos depois (cap, 7), o próprio Daniel terá uma visão que irá retratar as mesmas realidades históricas desta revelação, conforme estudaremos detalhadamente na décima lição.

Até mesmo os críticos da Bíblia têm dificuldades para explicar como isso ocorreu, afinal, é algo sobrenatural. Daniel não fez previsão e calculou probabilidades a partir de dados conhecidos, Ele ouviu a voz de Deus.

2- O secularismo racionalista.

Este episódio coloca em discussão, no mundo atual, a existência de um tipo de revelação além da razão humana. O processo de secularização iniciado a partir do iluminismo procurou afastar a religião da esfera pública.

O Iluminismo é um sistema filosófico do século XVII que aceitava apenas a luz natural da razão para resolver os problemas humanos.

No seu cerne está o secularismo, uma ideologia que parte da descrença na revelação divina de verdades aos seres humanos, restando somente os elementos fornecidos pela razão.

Essa é a perspectiva adotada por ateus e céticos que insistem em desprezar a fé, sob o entendimento de que o universo é um sistema fechado de causa e efeito, sem espaço para o sobrenatural.

Somos levados a entender que os consultores do rei tinham essa mesma linha de pensamento. Apesar de religiosos, não acreditavam em uma revelação divina plena. Suas divindades não se comunicavam com os seres humanos. Nossa época parece presenciar algo semelhante.

Dn 2:11 na (ARC) diz: Porquanto a coisa que o rei requer é difícil, e ninguém há que a possa declarar diante do rei, senão os deuses, cuja morada não é com a carne.

Isso também dá espaço para o Deísmo, que afirma que Deus apenas nos criou e nos abandonou para seguir nosso próprio caminho. Tudo isso é um engano, pois a revelação e seu cumprimento mostram que Deus existe e está no controle de toda a sua criação.

3- A revelação e o sobrenatural.

Antes de tudo, acreditamos em um Deus que se revela, e revela seus planos ao homem, seja de forma geral (Sl 19) ou especial (Hb 1.1-3), incluindo sonhos e visões (ls 1.1; 6,7; Ez 1.23; Ap 1.1).

O favor de Deus sobre a vida do profeta mostra que a fé bíblica sabe conciliar a revelação sobrenatural com a razão. Como observou John Lennox, “Quando Deus revelou o assunto a Daniel, não suspendeu o uso da razão por parte do jovem.

Daniel teve de usar a razão para entender as palavras que Deus lhe disse e formular a sua resposta a Nabucodonosor”, que por sua vez precisou usar a razão para ver que a interpretação fazia sentido.

Sem abrir mão da revelação, o crente faz uso de uma racionalidade concedida por Deus (Rm 12.1; 1 Pe 2.2), que opera em um nível além da compreensão humana. É uma racionalidade que não negligencia o sobrenatural, pois tem a certeza de que Deus está agindo no seu próprio mundo criado.

CONCLUSÃO

O mesmo Deus que graciosamente revelou a Daniel o sonho do rei e a sua interpretação, e o mesmo Deus que continua a revelar-se em nossos dias.

Assim como Ele mostrou sua sabedoria e poder na vida de Daniel e ainda hoje demonstra sua presença e cuidado por meio de suas revelações. Podemos buscar a Deus em oração, meditar em sua Palavra e estar atentos à sua voz sussurrada em nosso coração.

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HORA DA REVISÃO

1- Para a superstição oriental, da época, o que significava esquecer um sonho?

Era considerado um mau presságio, indicando a ira das divindades.

2- Qual foi a primeira ação do rei diante do sonho?

Convocar um grupo diversificado de conselheiros reais, que incluía magos, astrólogos, feiticeiros, encantadores e caldeus.

3- Qual foi a primeira atitude de Daniel diante da situação?

Ele buscou compreender melhor o que estava acontecendo, usando sabedoria e bom senso ao conversar com Arioque, o oficial do rei (2,14,5)

4- Como era a estátua do sonho?

A estátua tinha uma cabeça de ouro puro, peito e braços de prata, ventre e quadris de bronze, pernas de ferro e pés feitos de uma mistura de ferro e barro.

5- O que é o Secularismo?

Ideologia que parte da descrença na revelação divina de verdades aos seres humanos, restando somente os elementos fornecidos pela razão.

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