O Plano de Livramento e o Papel de Ester

Lição 10 – O Plano de Livramento e o Papel de Ester – EBD – (ADULTOS) – 3 Tri 2024

Lição 10 – O Plano de Livramento e o Papel de Ester – EBD – (ADULTOS) – 3 Tri 2024

TEXTO ÁUREO

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera.” (Is 64.4)

VERDADE PRÁTICA

É nos momentos dramáticos da vida que mais aprendemos a confiar em Deus e a depender dEle realmente.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Et 4.1-5

Ester envia Hataque para perguntar o que se passava com Mardoqueu

Terça – Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11

O favor de Deus em livrar seus servos dos infortúnios

Quarta – Et 4.13

Se Ester não agisse nem ela mesma seria poupada

Quinta – Et 4.14

Se o livramento divino não chegasse por intermédio de Ester, chegaria por outro meio

Sexta – 1 Sm 25.18-35; Pv 19.2

A rainha Ester agiu com a sabedoria de outras mulheres na Bíblia

Sábado – Et 5.2,3

O rei Assuero viu Ester e estendeu o seu cetro, disposto a atender-lhe

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 4.5-17; 5.1-3,7,8

Ester 4

5 – Então, Ester chamou a Hataque (um dos eunucos do rei, que este  tinha posto na presença dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que  era  aquilo e para quê. 

6 – E, saindo Hataque a Mardoqueu, à praça da cidade que  estava  diante da porta do rei, 

7 – Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido, como também a oferta da prata que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei pelos judeus, para os lançar a perder. 

8 – Também lhe deu a cópia da lei escrita que se publicara em Susã para os destruir, para  a  mostrar a Ester, e lha fazer saber, e para lhe ordenar que fosse  ter com  o rei, e lhe pedisse, e suplicasse na sua presença pelo seu povo. 

9 – Veio, pois, Hataque e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu. 

10 – Então, disse Ester a Hataque e mandou-lhe  dizer  a Mardoqueu: 

11 – Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei bem sabem que para todo homem ou mulher que entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado,  não há senão  uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu, nestes trinta dias, não sou chamada para entrar ao rei. 

12 – E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester. 

13 – Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os  outros  judeus. 

14 – Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? 

15 – Então, disse Ester que tornassem  a dizer  a Mardoqueu: 

16 – Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite,  e  eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não  é  segundo a lei; e, perecendo, pereço. 

17 – Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou.

Ester 5

1 – Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu  de suas vestes  reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.  

2 – E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.

3 – Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.

7 – Então, respondeu Ester e disse: Minha petição e requerimento  é: 

8 – se achei graça aos olhos do rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a minha petição e outorgar-me o meu requerimento, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar, e amanhã farei conforme o mandado do rei.

Hinos Sugeridos: 372, 432, 473 da Harpa Cristã

EBD ADULTOS CPAD3° TRIMESTRE DE 2024 – REVISTA: O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos Livros de Rute e Ester para a Nossa Geração – Escola Biblica Dominical – Lição 10 – O Plano de Livramento e o Papel de Ester – EBD – (ADULTOS) – 3 Tri 2024 – PROGRAMA EBD COMENTADA ONLINE – Lição comentada pelo Pastor Mário Luna.

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Deus concedeu um grande livramento ao povo judeu diante das artimanhas de Hamã. Esta lição apresenta todo o processo de preparação para o grande livramento, desde o plano de Mardoqueu, o convencimento de Ester, bem como seu preparo para se colocar diante do rei para rogar o livramento do povo.

Esta lição mostra como Deus atuou por meio desses personagens para providenciar socorro ao seu povo. Assim, o plano de Hamã não prosperaria diante da providência divina.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Relatar o plano de Mardoqueu e o temor de Ester; II) Considerar o processo de convencimento de Ester por Mardoqueu; III) Demonstrar o plano de Ester diante do rei Assuero.  

B) Motivação: A atitude corajosa de Ester nos permite refletir como devemos agir em situações difíceis e até mesmo perigosa. O exemplo de Ester nos convida em, no lugar de se apavorar, tomar uma atitude de confiança, buscando sempre a direção divina para atravessar os grandes desafios.

C) Sugestão de Método: Para concluir a lição, sugerimos que você reflita com a classe a respeito da seção Motivação, logo acima. Mostre aos alunos quatro atitudes negativas e quatro positivas que podemos tomar diante de um contexto difícil e, até mesmo, perigoso.

Atitudes positivas: 1) Em oração, conscientizar-se e calcular o custo de uma decisão; 2) Estabelecer prioridades; 3) Se preparar para tomada de decisão; 4) Em consagração, determinar o curso da ação e prosseguir com confiança.

Atitudes Negativas: 1) Agir por instinto; 2) Abraçar todas as ideias mirabolantes; 3) Tomar decisão de maneira despreparada; 4) Se mostrar instável e sem confiança. Finalize, mostrando que a rainha Ester nos ensina a tomar atitudes positivas diante de grandes dilemas na vida na presença de Deus.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Diante dos contextos difíceis, devemos nos preparar em Deus, confiar nEle e agir confiantemente de acordo com a direção que Ele nos dá. O Espírito Santo é o nosso Ajudador e está pronto a nos auxiliar.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Confiando em Deus para agir”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda mais a respeito da decisão de Mardoqueu e Ester; 2) O texto “A decisão de Ester”, ao final do terceiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do preparo para se dirigir ao rei.

01 - Como Facilitar meu estudo da Bíblia
Lição 10 - O Plano de Livramento e o Papel de Ester - EBD - (ADULTOS) - 3 Tri 2024 6

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos as atitudes de Mardoqueu e Ester em favor de todo o povo judeu. O decreto do rei estava assinado. A ordem de extermínio havia chegado a todas as províncias. O dia da matança estava definido. Era preciso clamar a Deus e agir sob sua direção.

PALAVRA-CHAVE – Livramento

A palavra “livramento” refere-se ao ato de Deus em proteger ou resgatar Seu servo ou Seu povo em geral, como é descrito no livro de Ester.

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I – O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER

1. Lamento, choro e compadecimento.

Mardoqueu não escondeu seu abatimento. O quadro trágico produziu nele um profundo lamento. Do palácio, Ester soube da crítica situação do primo e compadeceu-se, mas não sabia os motivos. Sua atitude foi enviar roupas para vestir Mardoqueu, que as recusou.

Ester precisava saber o que estava acontecendo de tão grave. Então, enviou Hataque, um dos eunucos, para perguntar a Mardoqueu porque agia daquele jeito (Et 4.1-5). Mardoqueu não estava apenas querendo chamar a atenção de Ester.

Seus sentimentos eram sinceros, assim como de todos os judeus das províncias, diante da ordem de matança emitida pelo rei. Mas também era preciso que a rainha soubesse de tudo que se passava. Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15).

Rm 12:15 na (ARC) diz: Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.

A comunhão cristã vai muito além de um tapinha nas costas e de um aperto de mão. Significa dividir os fardos e as bênçãos para que todos cresçamos juntos e glorifiquemos ao Senhor.

Em um momento de profunda agonia, Jesus abriu o coração e rogou aos seus discípulos que não o deixassem só (Mt 26.36-38).

Enquanto estivermos nesta terra, seremos muitas vezes surpreendidos por notícias ou situações que podem nos levar a lamentar e chorar. Isso não indica fraqueza espiritual, mas sim nossa humanidade.

Jo 16:33 na (ARC) diz: Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

2. Um obstáculo real.

Por intermédio de Hataque, Mardoqueu deixou Ester informada de todo o ardiloso plano de Hamã, enviando-lhe, inclusive, uma cópia do decreto de Assuero. Ele pediu que ela fosse ao rei e suplicasse pelos judeus. Mas havia um grande obstáculo.

Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro.

Acredita-se que essa rigorosa norma existia porque os reis temiam ser vítimas de conspirações, como ocorreu com muitos deles, ao longo da história, mortos no trono.

Não podemos ser limitados pelos obstáculos. Assim como um atleta não começa saltando os obstáculos mais altos, mas melhora com o treino, o cristão, ao enfrentar desafios, deve exercitar sua fé em Deus, aprendendo a depender Dele sempre, pois para Deus não há impossíveis.

Dt 32:39 na (ARC) diz: Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão.

Is 14:27 na (ARC) diz: Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás?

3. Autoritarismo e morte.

O que Assuero temia lhe sobreveio. Foi assassinado por um dos oficiais do palácio em 465 a.C., oito anos depois dos episódios narrados no livro de Ester. Dois de seus guardas, aliás, já haviam tramado sua morte anos antes (Et 3.21). Decisões autoritárias produzem muitos inimigos.

Assim como Assuero, muitos que ocupam posições elevadas acabam abusando de sua autoridade, e infelizmente, esse abuso também ocorre no meio do povo de Deus. Isso faz com que algumas pessoas se tornem indesejadas. Como cristãos, não devemos ser autoritários.

É muito comum ditadores terem mortes trágicas, por vezes nas mãos de seus ex-súditos, como aconteceu na história recente com o ditador líbio Muammar Gaddafi (1942-2011).

O presidente haitiano Jovenel Moïse foi assassinado em sua residência por um grupo de homens armados em julho de 2021. Seu governo era marcado por controvérsias, incluindo acusações de corrupção e governança autoritária, especialmente após dissolver o Parlamento e governar por decreto. A morte de Moïse mergulhou o Haiti em uma profunda crise política e humanitária.

A mansidão nos livra de muitos infortúnios (Pv 15.1). E quando atacados, Deus é a nossa defesa (Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11).

SINÓPSE I

Não era simples ir ao palácio e interceder ao rei pelo povo judeu.

Auxílio VIDA CRISTÃ

CONFIANDO EM DEUS PARA AGIR

“Embora Ester fosse a rainha e compartilhasse alguns dos poderes do rei e suas riquezas, ela ainda precisava da proteção de Deus e de sabedoria. Ninguém está seguro em suas próprias forças em qualquer sistema político. É tolice acreditar que riqueza ou posição pode nos proteger contra o perigo. O livramento vem apenas de Deus.

Após ter sido expedido o decreto para matar os judeus, Mardoqueu e Ester poderiam ter se desesperado, decidindo salvar apenas a si próprios, ou ter somente aguardado uma intervenção de Deus. Ao contrário, eles viram que Deus os havia colocado em suas posições com um propósito, para que eles aproveitassem o momento certo e agissem.

Quando estiver ao nosso alcance salvar as pessoas, precisamos fazê-lo. Em uma situação onde a vida é ameaçada, não se acovarde, não se comporte de forma egoísta, não espere que Deus faça todas as coisas. Ao invés disso, peça direção a Deus e aja! Deus pode tê-lo colocado na posição em que você se encontra apenas ‘para tal tempo como este?’” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.691).

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II – MARDOQUEU CONVENCE ESTER

Mardoqueu e Ester poderiam ter se desesperado, decidindo salvar apenas a si próprios, ou ter somente aguardado uma intervenção de Deus. Ao contrário, eles viram que Deus os havia colocado em suas posições com um propósito, para que eles aproveitassem o momento certo e agissem.

1. Confiando na providência divina.

Ester apresentou a Mardoqueu sua impossibilidade de dirigir-se ao rei. Nos últimos 30 dias ela não havia sido chamada por Assuero. Mardoqueu não se contentou com a resposta de Ester. Pediu que dissessem a ela que não confiasse em sua posição, por estar no palácio, pois a ordem real era o extermínio de todos os judeus, sem exceção (Et 4.13).

Às vezes, diante dos obstáculos, algumas pessoas ficam paralisadas, e é nesse momento que Deus levanta pessoas mais maduras na fé para despertá-las com uma palavra de confronto. Mardoqueu desempenhou um papel fundamental nessa situação.

Se Ester não se dispusesse a interceder junto ao rei, Mardoqueu confiava que a providência divina se manifestaria de outra forma. A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confiava em Deus, acima de tudo (Et 4.14).

Os olhos de Mardoqueu não estavam focados nos obstáculos, mas sim no Senhor.

Quando supervalorizamos pessoas, por mais importantes que sejam, nos esquecendo que nosso socorro vem de Deus, fazemos delas nossos ídolos (Sl 121.1,2). Deus abomina todo o tipo de idolatria (Jr 17.5).

Sl 121:1-2 na (ARC) diz:  1 – Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? 2 – O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra.

O salmista começa reconhecendo a necessidade de ajuda e, ao olhar para os montes, questiona de onde virá o socorro. No contexto desse salmo, os montes representam os perigos na jornada até o templo em Jerusalém. A resposta é clara: o socorro vem do Senhor, o Criador de todas as coisas. Esse reconhecimento destaca a soberania e o poder de Deus.

Quando enfrentamos dificuldades, devemos nos lembrar de que o nosso socorro vem de Deus. Ele é o Criador e Soberano sobre todas as coisas, e podemos confiar nEle para nos ajudar em qualquer situação.

2. Primeiro Deus, depois o homem.

Ester convenceu-se de que precisaria agir. Antes de tudo, porém, era preciso clamar a Deus, para que a dirigisse e lhe desse graça diante do rei. Em sua resposta a Mardoqueu, pediu que ajuntasse todos os judeus de Susã e jejuassem por ela durante três dias.

Ela faria o mesmo junto com as moças que a assistiam no palácio (Et 4.16). Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de Deus e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a Deus.

Devemos orar como se todas as coisas dependessem de Deus e agirmos como se tudo dependesse de nós.

Aqui, vemos a oração e a ação trabalhando juntas. Mardoqueu não mencionou oração ou jejum, mas Ester, que havia sido ensinada a buscar a Deus dessa forma, fez uma convocação e se incluiu nela.

Uma triste característica de nossos dias são o secularismo e o materialismo (Lc 18.8). Inspirados no ateísmo, rejeitam e negam as realidades espirituais e veem o homem como o senhor de sua existência e de seu destino; como a medida de todas as coisas. Autoconfiança e soberba humana são de origem maligna (Tg 4.13-16).

3. Confiar em Deus não é tentá-lo.

Ester confiava em Deus, mas não agiu de forma a tentá-lo (Mt 4.5-7). Através do jejum, os judeus pediam a intervenção divina para que o rei aceitasse a presença de Ester e ela alcançasse o que pretendia. Todavia, isso poderia não acontecer. Por isso, mesmo confiando, Ester estava disposta a morrer: “perecendo, pereço” (Et 4.16).

Você procura salvar a si mesmo permanecendo em silêncio em vez de defender o que é certo? 

Décadas antes, na Babilônia, três outros judeus haviam demonstrado a mesma fé e disposição (Dn 3.16-18). Em nossos dias são difundidas crenças errôneas que acreditam ser possível mandar em Deus e pô-lo “na parede”. A soberania divina não pode ser desafiada por ninguém (Jó 2.9,10).

Quando os discípulos pediram a Jesus que os ensinasse a orar, Ele os ensinou a oração do Pai Nosso. Nela, percebemos algo interessante em relação à nossa vontade e à vontade de Deus.

Mt 6:9-10 na (ARC) diz: 9 – Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. 10 – Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.

Quando oramos, não estamos tentando convencer a Deus a fazer a nossa vontade, mas aprendendo a submeter nossa vontade à Dele. É isso que Jesus nos ensina na oração do Pai Nosso.

No céu, existe perfeição, e a vontade de Deus é cumprida de forma completa. Na terra, onde há imperfeição, recebemos graça em Cristo para realizar a vontade de Deus.

SINÓPSE II

Antes de se dirigir ao rei, Ester conclamou um jejum pela causa.

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III – O PLANO: ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE UM BANQUETE

1. Prudência, preparação e ação.

Ao decidir entrar à presença de Assuero, Ester estava sujeita a qualquer reação dele quando a visse: vida ou morte. Era um grande desafio. Por isso, Ester se preparou espiritual, emocional e fisicamente: depois de três dias de jejum, pôs sua veste real e foi ao pátio interior da casa do rei, diante do salão onde ficava o trono (Et 5.1).

Ester sabia o tipo de marido que tinha. Assuero era alguém imprevisível. Imagine o coração de Ester, lembrando que, devido a uma recusa de autoridade, Assuero havia destituído Vasti, e agora ela se apresentaria sem ser convidada. Só Deus poderia conduzir essa situação.

Sua conduta nos ensina como devemos ser precavidos para tomar atitudes importantes, que podem impactar nosso futuro (Pv 19.2). Mulheres sábias, como Ester e Abigail, conseguem resolver grandes problemas e evitar muitas tragédias (1 Sm 25.18-35).

Quando uma mulher decide obedecer a Deus, mesmo que tenha um marido imaturo ou não cristão, sua obediência e prudência ajudarão a evitar conflitos e resultarão em bons frutos.

Por outro lado, imprudências e precipitações podem levar a prejuízos irreparáveis (Pv 14.1).

Ester sabia que Deus tinha um propósito a realizar através dela, e o futuro dela e de seu povo dependia de sua obediência, prudência e paciência. Não havia espaço para imprudência e precipitações. Você, como mulher, entende a responsabilidade que está sobre seus ombros? Deus procura Ester em nossos dias.

2. Estendendo o cetro.

Assentado em seu trono, Assuero viu Ester e estendeu para ela seu cetro de ouro (Et 5.2). Deve ter sido um grande alívio para a corajosa judia. Ela se aproximou e tocou a ponta do cetro, cumprindo o protocolo legal.

Como era incomum alguém se apresentar diante do rei sem ter sido chamado, Assuero logo perguntou o que estava acontecendo: “Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3).

A disposição de vontade do rei foi manifestada com o uso de uma frase que era comum nessas ocasiões, mas que, segundo estudiosos, não se interpretava de forma literal. Herodes usou essa mesma expressão (Mc 6.21-23).

A coragem de Ester era resultado de sua fé em Deus. Ela não se pôs em perigo para benefício próprio. Ester correu risco de perder sua vida a serviço de Deus. Devemos compreender bem sobre o que implica servir a Jesus.

At 20:24 na (ARC) diz: Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.

3. Em sintonia com Deus.

As circunstâncias narradas no livro de Ester nos permitem dizer que ela, em seu coração, estava em plena sintonia com Deus. Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã.

Na ocasião, o rei renovou sua disposição em atender a qualquer pedido de Ester. Era a segunda oportunidade, mas ainda não era o momento adequado. Ester convida Assuero e Hamã, para outro banquete, no dia seguinte, quando faria seu pedido.

Uma noite decisiva mudaria o curso da história. Os desígnios de Deus são perfeitos. A providência divina estava guiando Ester em todos os detalhes.

SINÓPSE III

Nenhum ser humano ficará impune diante da santidade e justiça de Deus.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

A DECISÃO DE ESTER

“‘Salve a sua pele’” e ‘Seja sempre o primeiro’ são lemas mundiais que refletem nossa egoísta perspectiva de vida. A atitude de Ester contrasta muito com essa visão. Ela sabia o que precisava fazer, e que isso poderia custar sua própria vida.

Contudo, ela disse: ‘E perecendo, pereço’. Devemos ter o mesmo compromisso de fazer o que é certo a despeito das possíveis consequências. Você procura salvar a si mesmo permanecendo em silêncio em vez de defender o que é certo? 

[…] Deus estava no controle, mas mesmo assim Mardoqueu e Ester tiveram que agir. […] Deus escolhe trabalhar através daqueles que agem de forma determinada em seu favor. Devemos orar como se todas as coisas dependessem de Deus e agirmos como se tudo dependesse de nós.

Devemos evitar dois extremos: nada fazer, e achar que devemos fazer tudo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 692-93).

CONCLUSÃO

A atitude corajosa de Ester nos leva a refletir sobre como devemos agir em situações difíceis e até perigosas. O exemplo de Ester nos incentiva a, em vez de nos desesperarmos, adotar uma postura de confiança e buscar sempre a orientação divina para enfrentar grandes desafios.

Diante dos desafios, devemos evitar atitudes negativas como agir impulsivamente, abraçar ideias extravagantes, tomar decisões de forma precipitada, e demonstrar instabilidade e falta de confiança.

Por outro lado, Deus espera de nós atitudes positivas, como orar, conscientizar-se e avaliar o custo de uma decisão, estabelecer prioridades, preparar-se para a tomada de decisão, e, em consagração, determinar o curso de ação e prosseguir com confiança.

Confiar em Deus e depender dEle nos faz viver experiências extraordinárias. O agir divino manifesta-se em todas as áreas de nossa vida. O Deus Todo-poderoso jamais perde o controle. Só a Ele glória!

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que aprendemos com o exemplo de Mardoqueu quanto a compartilhar nossos sentimentos?

Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15).

2. Qual era o obstáculo para o plano de Mardoqueu?

Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro.

3. O que a expressão “socorro e livramento doutra parte virá” nos revela?

A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confi ava em Deus, acima de tudo (Et 4.14).

4. O que aprendemos com a atitude de Ester em pedir, antes de tudo, três dias de jejum?

Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de Deus e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a Deus.

5. Por que podemos afirmar que Ester estava em plena sintonia com Deus?

Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã.

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