Lição 11 – A Realidade Bíblica do Inferno – 2 Tri 2024
TEXTO ÁUREO
“Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mt 25.41)
VERDADE PRÁTICA
O Inferno é um lugar real de dor, agonia e desespero. Sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa jornada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15
A enganosa aparência de piedade dos falsos ensinadores
Terça – 2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11
Um contexto de resistência à verdade
Quarta – Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10
Inferno como sepultura, lugar dos mortos
Quinta – 2 Pe 2.4
Inferno como lugar de prisão dos anjos caídos
Sexta – Mt 23.33; 25.41,46
Inferno como castigo eterno, fogo eterno
Sábado – Mt 25.46; Jo 5.26
Passar a eternidade tem a ver com uma escolha
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 25.41-46
41 – Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42 – porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 – sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes.
44 – Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos?
45 – Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46 – E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
Hinos Sugeridos: 48, 127, 182 da Harpa Cristã
EBD ADULTOS CPAD – 2° TRIMESTRE DE 2024 – REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA – O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para chegar no Céu – Escola Biblica Dominical – Lição 11 – A Realidade Bíblica do Inferno – 2 Tri 2024 – PROGRAMA EBD COMENTADA ONLINE – Lição comentada pelo Pastor Mário Luna.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo estudaremos a respeito do Inferno. Muitos evitam falar sobre este tema, entretanto, não falar a respeito desse assunto não evita que alguns caminhem em sua direção. Um dia todos vão experimentar a morte, independente da classe social a que pertençam, religião ou títulos, e sabemos que, depois da morte, segue-se o juízo: Céu ou Inferno.
O Inferno é real e ele não foi preparado para o ser humano, por essa razão nos sentimos incomodados de falar a respeito dele. Contudo, a sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa carreira. Embora esse seja um assunto difícil de tratar na atualidade, o Inferno é um dos principais assuntos do Novo Testamento. Veremos que Jesus ensinou de forma enfática a realidade do Inferno nos Evangelhos.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Mostrar o pensamento humano a respeito do Inferno; II) Saber como a palavra Inferno aparece na Bíblia; III) Compreender a doutrina bíblica do Inferno.
B) Motivação: Converse com os alunos explicando que atualmente muitos não acreditam no Inferno. Para estes, o Inferno é uma criação humana para colocar medo nas pessoas e mantê-las presa a uma religião, ritos, dogmas etc. Procure mostrar, biblicamente, a realidade do Inferno por meio dos ensinos de Jesus. O Mestre veio salvar a humanidade de seus pecados, contudo, Ele mostrou que o Inferno é real. Tal realidade deve valorizar a tão grande salvação que Deus providenciou para nós e, por isso, devemos estar firmados em Jesus durante a nossa jornada de fé, pois sem Cristo, o ser humano passará a eternidade em um lugar de dor e sofrimento.
C) Sugestão de Método: Sugerimos que você escreva no quadro as palavras “Inferno” e “Céu”. Pergunte aos seus alunos o que vem à mente deles quando ouvem a palavra “Inferno”. À medida que forem falando vá anotando no quadro. Em seguida faça o mesmo com a palavra “Céu”. Conclua ressaltando que o ensino bíblico a respeito do Inferno e do Céu é simples: os que rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno, no Inferno (Mt 25.46); os que escolheram a Cristo receberão a vida eterna, no Céu (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno é pessoal.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A lição de hoje é uma oportunidade ímpar para que os alunos reflitam a respeito do valor da nossa salvação. Mostre que sem Jesus Cristo estaríamos destinados ao Inferno, mas Ele, mediante a sua graça, nos resgatou. Em seguida conclua lendo o Texto Áureo da Lição.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) A orientação bíblica, “Inferno”, localizada no primeiro tópico, destaca o que é o Inferno segundo os ensinos bíblicos; 2) O texto ao final do segundo tópico, traz uma reflexão a respeito dos ensinos de Jesus Cristo sobre o Inferno.
INTRODUÇÃO
O Inferno é um dos assuntos principais do Novo Testamento. O Senhor Jesus ensinou mais a respeito do Inferno que o Céu nas páginas dos Evangelhos. Ele também ensinou mais sobre o Inferno do que o apóstolo Paulo. Por isso, nesta lição, estudaremos a doutrina bíblica do Inferno. Situaremos a resistência atual de muitos em relação à doutrina, veremos as principais palavras que traduzem “Inferno” e mostraremos que negar essa doutrina bíblica significa negar todo o cristianismo bíblico.
Depois da morte, segue-se o juízo: Céu ou Inferno. Atualmente muitos não acreditam no Inferno. Para estes, o Inferno é uma criação humana para colocar medo nas pessoas e mantê-las presa a uma religião, ritos, dogmas etc.
O Inferno é real e ele não foi preparado para o ser humano, por essa razão nos sentimos incomodados de falar a respeito dele. Contudo, a sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa carreira.
De um lado, Deus em Cristo Jesus nos oferece salvação, que é o “livramento” da condenação eterna no lugar de tormento chamado inferno. Rejeitar essa salvação é caminhar a passos largos para o inferno. Nessa lição, não vamos apenas aprender sobre a realidade do inferno para onde não queremos ir, mas também nos conscientizar de nossa missão como igreja para que outros também não sejam condenados ao inferno.
Palavra-Chave – Inferno
EBD ADULTOS CPAD – 2° TRIMESTRE DE 2024 – REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA – O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para chegar no Céu – Escola Biblica Dominical – Lição 11 – A Realidade Bíblica do Inferno – 2 Tri 2024 – PROGRAMA EBD COMENTADA ONLINE – Lição comentada pelo Pastor Mário Luna.
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
Nesse tópico, vamos analisar como a mente humana daqueles que não servem a Cristo distorce a realidade bíblica do inferno.
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas.
Os que vivem na incredulidade, dominados pelos poderes das trevas neste mundo, negam prontamente a realidade do Inferno. Filósofos humanistas dizem que a afirmação bíblica da existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos.
Os valores éticos modernos segundo os filósofos humanistas são princípios que promovem o bem-estar humano, a dignidade, a justiça, e a autonomia. Esses valores emergem de uma visão secular e racional do mundo, onde a ênfase está na capacidade humana de raciocinar, sentir e criar uma sociedade mais justa e equilibrada sem a necessidade de Deus.
Teólogos modernos e pós-modernos negam a inspiração plenária da Bíblia (todos os livros da Bíblia foram inspirados por Deus) e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve ser erradicado da Bíblia.
Estudar teologia com a visão correta é de máxima importância. No entanto, os teólogos que defendem uma visão distorcida frequentemente são teólogos liberais. O principal instrumento do liberalismo teológico não é a revelação: é a especulação. Em suma: trata-se de uma abordagem meramente filosófica da Palavra de Deus. E, como as coisas espirituais só podem ser discernidas espiritualmente, explica-se pois o abismo que se forma entre a revelação e a especulação.
Outros chegam até a admitir que certas pessoas irão para o Inferno, mas por tempo provisório. Porém, durante esse período, serão purificadas e receberão uma segunda chance para entrar no Céu.
Aqui se trata da doutrina do purgatório. Conforme ensina a Igreja Católica, no purgatório as almas, sob o julgamento de fogo, acham-se privadas da presença de Deus temporariamente até que sejam totalmente purificadas e assim recebem a salvação. A Bíblia jamais afirma isso.
Hb 9:27 na (ARC) diz: E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo.
2. O ensino do Universalismo.
Outro argumento muito frequente atualmente é o falso ensino de que, no final das contas, todas as pessoas irão para o Céu. Por exemplo, não haveria diferença no destino de um assassino frio e cruel para um crente que buscou ter uma vida santa, fugindo do pecado. A ideia central do Universalismo é a de que todos somos filhos de Deus e, como Ele é um Ser de amor, não pode condenar o ser humano a uma punição eterna.
Essa doutrina mutila a visão da pessoa de Deus em seus atributos. Isso porque Deus é amor, justiça, santo e possui todos os seus outros atributos simultaneamente. Outra questão a ser considerada é que o amor não é aprovação de conduta, e Deus tem mandamentos que precisam ser cumpridos por aqueles que se tornam filhos de Deus ao aceitar Jesus Cristo.
Nossa filiação é por adoção e não por nascimento humano.
Jo 1:11-13 na (ARC) diz: 11 – Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12 – Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome, 13 – os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
Rm 8:15 na (ARC) diz: Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
3. O alerta apostólico.
Esses falsos ensinos revelam a fraude que muitos intelectuais cristãos cometem a respeito do cristianismo bíblico. O que eles fazem é transformar a verdade de Deus em mentira, negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento.
Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu a respeito desses falsos ensinadores: eles teriam aparência de piedade, mas negariam sua eficácia (2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15); resistiriam à verdade (2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11); apostatariam da fé e dariam ouvido a doutrina de demônios, tendo suas consciências cauterizadas (1 Tm 4.1). Atualmente, estamos testemunhando de maneira vívida todos os alertas apostólicos quanto aos falsos ensinos e ensinadores dos últimos dias.
São pessoas que se dizem fazer parte do povo de Deus, ocupando posições até no ministério da igreja, que distorcem o significado do texto bíblico, interpretando-o segundo seus propósitos malignos.
At 20:28-30 na (ARC) diz: 28 – Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. 29 – Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. 30 – E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.
SINÓPSE I
Na atualidade muitos pensam que a existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Inferno
“Lugar onde Deus designa os perdidos para o castigo eterno tanto do corpo quanto da alma (Mt 10.28). Essa agonia de tormento eterno no Inferno é a maior de todas as tragédias possíveis. Esse tópico da vida após a morte foi revelado apenas gradualmente nas Escrituras. ‘Geena’ originalmente se referia ao vale de Hinom perto de Jerusalém, o local das notórias ofertas, feitas por Acaz, de sacrifício de crianças pelo fogo ao deus Moloque (2 Cr 28.3) e Manassés (2 Cr 33.6).
Mais tarde, o significado desse termo foi estendido ao lugar do castigo de fogo em geral. Ainda mais tarde, a localização geográfica desse lugar de punição foi mudada para debaixo da terra, mas a ideia de tormento de fogo continuou. Nos tempos do NT, os fariseus criam claramente na punição dos ímpios na vida após a morte.
É principalmente nos ensinos de Jesus que a realidade de um lugar de punição eterna entra em nítido foco. Na descrição de Jesus, o Inferno envolve fogo, inextinguível (Mt 18.8,9), um lugar onde o verme não morre (Mc 4.48)” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 255).
EBD ADULTOS CPAD – 2° TRIMESTRE DE 2024 – REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA – O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para chegar no Céu – Escola Biblica Dominical – Lição 11 – A Realidade Bíblica do Inferno – 2 Tri 2024 – PROGRAMA EBD COMENTADA ONLINE – Lição comentada pelo Pastor Mário Luna.
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
Neste tópico, vamos analisar o significado da palavra ‘inferno’ em vários textos bíblicos. Aprender sobre isso é importante, porque, de acordo com o contexto, a palavra ‘inferno’ tem significados diferentes.
1. No Antigo Testamento.
A primeira palavra a ser destacada no Antigo Testamento é Sheol, “mundo inferior dos mortos”, “sepultura”, “inferno”, “cova”. Ela traz a ideia do AT para “morada dos mortos”, “lugar que não tem retorno”. Essa palavra aparece 65 vezes no AT: sepultura, lugar para onde os mortos iam (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10); os fiéis seriam resgatados desse lugar (Sl 16.9-11; 49.15); os ímpios não seriam resgatados de lá (Jó 21.13; 24.19; Sl 9.17; 55.15).
No AT, o ensino sobre o destino das pessoas se concentrava mais para o lugar onde os corpos das pessoas iam, não para o destino da alma após a morte.
Isso ocorre porque, como a revelação bíblica é progressiva, os escritores inspirados desse período ainda não haviam recebido o entendimento que ficou claro no Novo Testamento. Deus revelava Seus planos gradualmente.
Não há, portanto, um texto claro no AT a respeito da divisão do Sheol entre um lugar de castigo e outro de bênçãos. Assim, o Antigo Testamento aponta para o Novo. Neste Testamento a doutrina do destino eterno das pessoas após a morte é bem clara. Contudo, de modo geral, a palavra hebraica Sheol também é descrita como lugar de castigo (Jó 24.19).
2. No Novo Testamento.
Três palavras gregas que aparecem no Novo Testamento foram traduzidas pela palavra “Inferno”: hades (traduz a hebraica Sheol); tártaro, geena.
A palavra hades significa “lugar de castigo” (Mt 11.23; Lc 10.15; 16.23); também pode se referir ao estado de morte que o ser humano experimentará no fim da vida (Mt 16.18; At 2.27,31; Ap 1.18).
A palavra tártaro traz a ideia de um abismo mais profundo que a sepultura, a habitação dos ímpios mortos em que eles sofrem punição pelas suas obras más. Os anjos caídos estão presos neste lugar (2 Pe 2.4).
É importante sabermos que esses anjos caídos (demônios) estão presos e não podem sair de lá sem a autorização de Deus. Durante o juízo de Deus no livro do Apocalipse, é dito que o poço do abismo será aberto e de lá sairão criaturas que atormentarão os seres humanos (Ap 9.1-3).
Também é bom lembrarmos que não existe na Bíblia a ideia de que as pessoas que morreram sem Cristo estão sendo atormentadas por demônios. Os que estão lá estão presos, e os que irão para lá estarão em tormento, assim como os que rejeitaram a Cristo. As pessoas que morreram sem Cristo estão em tormento das chamas, e não dos demônios.
Lc 16:24 na (ARC) diz: E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Por fim, existem aqueles que pensam que Satanás e seus demônios estão no inferno e que Satanás está preso. No entanto, nada disso tem base bíblica, pois eles estão soltos nos ares (Ef 6.12), e Satanás será preso no milênio (Ap 20.1,2).
A palavra geena, que aparece 12 vezes no Novo Testamento, significa “castigo eterno”. É uma palavra que deriva de termos hebraicos atrelados ao Vale de Hinom, ao lado sul e leste de Jerusalém. Nesse lugar, os adoradores de Moloque sacrificavam bebês pelo fogo (2 Rs 16.3; 21.6).
Não por acaso, o profeta Jeremias se referiu ao Vale de Hinom como de julgamento (Jr 7.32; 19.6). No tempo do NT era um lugar em que se queimava o lixo da cidade. Essa palavra recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno.
SINÓPSE II
A palavra Inferno aparece na Bíblia tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Professor(a), explique que “Jesus também retrata a extrema angústia dos que sofrem o castigo final de serem ‘lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes’ (Mt 8.12).
Os apóstolos também ensinam a ideia de um severo castigo eterno para os perdidos. Na volta de Cristo, os que vivem fora de um relacionamento adequado com o Senhor Deus experimentarão repentina destruição (1 Ts 5.3), quando os anjos vierem ‘como labaredas de fogo’ e ‘tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo’ (2 Ts 1.6-9).
O autor aos Hebreus fala de ‘uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários’ (Hb 10.27). Apocalipse descreve que ‘a fumaça do seu tormento sobre para todo o sempre ‘(Ap 14.11) e que os ímpios serão lançados no ‘lago que arde com fogo e enxofre’” (Ap 21.8) (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 256).
EBD ADULTOS CPAD – 2° TRIMESTRE DE 2024 – REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA – O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para chegar no Céu – Escola Biblica Dominical – Lição 11 – A Realidade Bíblica do Inferno – 2 Tri 2024 – PROGRAMA EBD COMENTADA ONLINE – Lição comentada pelo Pastor Mário Luna.
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
Nesse último tópico, vamos analisar o que de fato a Bíblia fala sobre o inferno em seu sentido completo. Isso porque já vimos que, às vezes, a palavra “inferno” em nossas Bíblias pode se referir à sepultura ou à morte. Aqui, no entanto, vamos tratar dessa palavra como significando tormento eterno.
1. O conceito bíblico de Inferno.
À luz de Mateus 25.41, o Inferno é um lugar real. O Deus justo e bom jamais faria um lugar como esse para o ser humano criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), mas, sim, para o Diabo e seus anjos que se rebelaram contra Ele (2 Pe 2.4; Jd 12.6; Ap 12.7).
Entretanto, quando o ser humano despreza a Deus e sua Palavra, colocando-se sob o governo do deus deste século, o Diabo, será também sentenciado e destinado ao mesmo lugar que Satanás e seus demônios foram (2 Co 4.4).
Dessa forma, o inferno é uma consequência para o ser humano que, de forma obstinada, rejeitou o convite paciente de Deus para a salvação, um convite que se estendeu por toda a sua vida terrena.
2. O que ensina a doutrina?
A realidade do Inferno é um ensino integralmente bíblico (Mt 10.28; 23.33; Mc 9.43; Lc 12.5), descrito como um lugar de tristeza, vergonha, dor e extrema agonia. Isso porque o ser humano irá para o Inferno de maneira integral: corpo e alma.
Assim, de acordo com o vasto ensino do Novo Testamento, todas as pessoas que desprezam Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas passarão a eternidade totalmente separadas de Deus, na presença do Diabo e seus demônios (Mt 25.41).
Lá, o Diabo, seus demônios e os seres humanos que rejeitaram a salvação estarão em tormento. O inferno não será um lugar de domínio do Diabo e dos demônios, mas sim um lugar de tormento eterno, como realização do julgamento final do nosso Deus justo e todo-poderoso.
3. O castigo será eterno.
Diversas passagens do Novo Testamento denotam a realidade do Inferno como lugar de castigo eterno: fogo inextinguível (Mt 3.12; Mc 9.43,48); fornalha acesa (Mt 13.42,50); trevas (Mt 8.12; 22.13); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15). Então, o castigo eterno se configura como uma penalidade aos que se rebelaram contra Deus e sua Palavra.
Por isso, esse castigo tem relação direta com o pecado. Todos os pecadores que não se arrependeram de seus pecados serão lançados no Lago de Fogo, o Inferno, logo após o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).
Contudo, precisamos observar algo importante. A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo.
O ensino bíblico é claro e simples: os que rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno (Mt 25.46); os que escolheram a Cristo receberão a vida eterna (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno, se passará a eternidade com Cristo ou sem Ele, é pessoal.
SINÓPSE III
A doutrina bíblica do Inferno prova a sua realidade.
CONCLUSÃO
À luz da Bíblia, a possibilidade de passar a eternidade num contexto de dor e sofrimento é real. Por isso, essa realidade deve valorizar mais a tão grande salvação que Deus providenciou para as nossas vidas e, por isso, devemos estar firmados em Jesus durante a nossa jornada de fé, pois sem Cristo, o ser humano passará a eternidade longe de Deus.
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. Explique pelo menos um argumento apresentado na lição que nega o ensino bíblico sobre o Inferno.
Teólogos modernos e pós-modernos negam a inspiração plenária da Bíblia e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve ser erradicado da Bíblia.
2. O que os falsos ensinadores afirmam ao distorcerem as verdades do cristianismo bíblico?
O que eles fazem é transformar a verdade de Deus em mentira, negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento.
3. Qual palavra do Novo Testamento traz o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final”?
A palavra geena recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno.
4. Cite ao menos três expressões que descrevem o Inferno.
Fornalha acesa (Mt 13.42,50); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15).
5. De quem é a iniciativa primária do destino do ser humano ao Inferno?
A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo.
EBD ADULTOS CPAD – 2° TRIMESTRE DE 2024 – REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA – O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para chegar no Céu – Escola Biblica Dominical – Lição 11 – A Realidade Bíblica do Inferno – 2 Tri 2024 – PROGRAMA EBD COMENTADA ONLINE – Lição comentada pelo Pastor Mário Luna.
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