Lição 13 - Ester a Portadora das Boas-Novas - EBD - (ADULTOS) - 3 Tri 2024

Lição 13 – Ester a Portadora das Boas-Novas – EBD – (ADULTOS) – 3 Tri 2024

Lição 13 – Ester a Portadora das Boas-Novas – EBD – (ADULTOS) – 3 Tri 2024

TEXTO ÁUREO

“E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra.” (Et 8.16)

VERDADE PRÁTICA

O Senhor é poderoso para transformar trevas em luz, tristeza em alegria, angústia em júbilo, humilhação em honra.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Et 8.7,8

O decreto do rei Assuero não podia ser revogado

Terça – Dn 6.8,15

Essa é a lei dos Medos e dos Persas que remonta ao rei Assuero

Quarta – Et 9.20-28

O estabelecimento da Festa de Purim, uma festa comemorativa de livramento

Quinta – Et 10.3

Mardoqueu é engrandecido como o segundo maior do reino

Sexta – 1 Co 10.31

Tudo o que fizermos deve ser feito para a glória de Deus

Sábado – Gn 1.27; 2.15-18

Deus chama homens e mulheres para serem relevantes no mundo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 8.4-8; 9.29-31; 10.1-3

Ester 8

4 – E estendeu o rei para Ester o cetro de ouro. Então, Ester se levantou, e se pôs em pé perante o rei, 

5 – e disse: Se bem parecer ao rei, e se eu achei graça perante ele, e  se  este negócio é reto diante do rei, e  se  eu lhe agrado aos seus olhos, escreva-se que se revoguem as cartas e o intento de Hamã, filho de Hamedata, o agagita, as quais ele escreveu para lançar a perder os judeus que  há  em todas as províncias do rei. 

6 – Por que como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu povo? E como poderei ver a perdição da minha geração?

7 – Então, disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, e a ele enforcaram numa forca, porquanto  quisera  pôr as mãos sobre os judeus. 

8 – Escrevei, pois, aos judeus, como  parecer  bem aos vossos olhos e em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; porque a escritura que se escreve em nome do rei e se sela com o anel do rei não é para revogar.

Ester 9

29 – Depois disso, escreveu a rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu, o judeu, com toda a força, para confirmarem segunda vez esta carta de Purim. 

30 – E mandaram cartas a todos os judeus, às cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero, com palavras de paz e fidelidade, 

31 – para confirmarem estes dias de Purim nos seus tempos  determinados,  como Mardoqueu, o judeu, e a rainha Ester lhes tinham estabelecido e como eles mesmos  já  o tinham estabelecido sobre si e sobre a sua semente, acerca do jejum e do seu clamor. 

Ester 10

1 – Depois disto, pôs o rei Assuero tributo sobre a terra e  sobre  as ilhas do mar. 

2 – E todas as obras do seu poder e do seu valor e a declaração da grandeza de Mardoqueu, a quem o rei engrandeceu,  porventura,  não  estão  escritas no livro das crônicas dos reis da Média e da Pérsia? 

3 – Porque o judeu Mardoqueu  foi  o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e agradável para com a multidão de seus irmãos, procurando o bem do seu povo e trabalhando pela prosperidade de toda a sua nação.

PALAVRA-CHAVE – BOAS-NOVAS

Hinos Sugeridos:  18, 227, 505 da Harpa Cristã

EBD ADULTOS CPAD3° TRIMESTRE DE 2024 – REVISTA: O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos Livros de Rute e Ester para a Nossa Geração – Escola Biblica Dominical – Lição 13 – Ester a Portadora das Boas-Novas – EBD – (ADULTOS) – 3 Tri 2024 – PROGRAMA EBD COMENTADA ONLINE – Lição comentada pelo Pastor Mário Luna.

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Como introdução desta última lição, sugerimos que você faça uma pequena revisão a partir de uma comparação entre Rute e Ester. Ao longo deste trimestre estudamos dois livros bíblicos que levam o nome de duas mulheres importantes na história da salvação.

Essas duas mulheres cumpriram papéis relevantes na história de tão grande salvação revelada em Cristo Jesus. Em seguida, informe que a última lição do trimestre aborda o grande livramento que Deus deu ao seu povo, garantido assim, o percurso histórico da salvação.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Explicar o pedido de direito de defesa do povo judeu e a concessão do rei; II); Discutir as boas notícias da rainha Ester para o seu povo; III) Conscientizar a respeito do papel da mulher cristã para ser relevante no mundo.  

B) Motivação: Muitos desejam honras e, até mesmo riquezas, como inspiração em personagens como Ester e Mardoqueu. Entretanto, poucos estão dispostos a pagar o preço alto de chegar aonde Deus deseja que nos encontremos.

Por exemplo, Mardoqueu, exaltado pelo rei, o serviu fielmente por longos anos e, ao mesmo tempo, suportou o ódio e a soberba de Hamã. Quem está disposto a desenvolver essa maturidade no contexto do mundo moderno?      

C) Sugestão de Método: Para concluir esta lição, correlacione o estabelecimento da Festa de Purim com a necessidade de marcamos em nossa memória as ações de Deus ao longo de nossa vida. Use o Auxílio Bibliológico “Purim”, relacione na lousa as palavras “MEMÓRIA” e “PROVIDÊNCIA”.

Em seguida, pergunte aos alunos se eles têm o costume de comemorar momentos como grandes presentes de Deus em suas vidas quer individual quer na família. Estimule aos alunos a refletirem como é importante estimularmos a nossa memória para reconhecermos a ação de Deus em nossa história.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Quando Deus intervém na história com frequência Ele trabalha com a participação humana para realizar seus propósitos. Que nos achemos fiéis e sensíveis para ser instrumento de Deus para que sua vontade se cumpre na vida de alguém!

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição. B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Que Revogasse a Maldade”, ao final do segundo tópico, aprofunda a reflexão a respeito do decreto que garantisse o direito de defesa dos judeus; 2) O texto “Purim”, localizado depois do terceiro tópico, aprofunda o estabelecimento da Festa de Purim como memorial do povo judeu.

01 - Como Facilitar meu estudo da Bíblia
Lição 13 - Ester a Portadora das Boas-Novas - EBD - (ADULTOS) - 3 Tri 2024 6

INTRODUÇÃO

A lição de hoje abrange os capítulos 8 a 10 do livro de Ester. No entanto, antes de prosseguirmos, vamos revisar, em forma de linha do tempo, tudo o que estudamos até agora.

Linha do Tempo: Livro de Ester (Capítulos 1 a 7)

Capítulo 1: Banquete de Assuero e deposição de Vasti.

Capítulo 2: Concurso de beleza e escolha de Ester como rainha.

Capítulo 3: Hamã planeja exterminar os judeus e edito contra eles é emitido.

Capítulo 4: Mardoqueu informa Ester e ela se prepara para interceder.

Capítulo 5: Primeiro banquete de Ester; Hamã planeja a execução de Mardoqueu.

Capítulo 6: Homenagem a Mardoqueu; Hamã é forçado a honrá-lo.

Capítulo 7: Ester revela a conspiração de Hamã; Hamã é condenado e executado.

O drama dos judeus nos dias do rei Assuero estava chegando ao fim. O rei editou um decreto concedendo o direito de defesa para as comunidades judaicas de todas as províncias persas. Ester agiu como difusora de boas-novas e Mardoqueu foi engrandecido em todo o império.

EBD ADULTOS CPAD3° TRIMESTRE DE 2024 – REVISTA: O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos Livros de Rute e Ester para a Nossa Geração – Escola Biblica Dominical – Lição 13 – Ester a Portadora das Boas-Novas – EBD – (ADULTOS) – 3 Tri 2024 – PROGRAMA EBD COMENTADA ONLINE – Lição comentada pelo Pastor Mário Luna.

I – O PEDIDO DE DEFESA AOS JUDEUS E A CONCESSÃO DO REI

1. A humildade de Ester e sua súplica.

Assuero foi devidamente informado da gravidade do decreto redigido por Hamã e assinado com seu anel. No dia 13 do décimo segundo mês, o mês de adar (entre fevereiro e março de nosso calendário), os inimigos dos judeus poderiam matá-los em todas as 127 províncias do extenso Império Persa.

O que poderia ser feito para evitar esse extermínio em massa? De maneira reverente e com toda humildade, Ester suplicou ao rei que revogasse sua ordem, pondo fim ao intento de Hamã.

Assuero fez ver à rainha que já havia tomado as medidas que estavam ao seu alcance, como o enforcamento de Hamã, mas que não poderia revogar o decreto assinado (Et 8.7,8). Havia, ainda, um desafio para os judeus. Confiar em Deus não nos isenta de fazer a nossa parte (Js 1.3-9).

Deus havia prometido uma terra como herança aos descendentes de Abraão, e essa promessa continuava vigente, mesmo após a morte de Abraão. Moisés era morto e Josué foi escolhido como novo líder para conduzir o povo na conquista da terra prometida.

Embora a promessa de Deus fosse certa, o povo de Israel precisava lutar para tomar posse da terra, pois Deus não faria essa parte por eles. Da mesma forma, nos dias de Ester, os judeus receberam o livramento prometido, mas precisaram agir e lutar para obtê-lo. Deus sempre cumpre Suas promessas, mas espera que façamos a nossa parte.

2. Segurança jurídica.

Apesar de todos os aspectos tirânicos, autoritários e excêntricos dos reis da Pérsia, como o próprio Assuero, havia um limite para suas ações: o império da lei dos medos e persas. Dario, pai de Assuero, viveu uma experiência parecida e não violou a norma.

Mesmo estimando muito a Daniel, não pode livrá-lo da cova dos leões (Dn 6.8,15). Em qualquer nação, todos devem estar sujeitos às leis (Rm 13.1). Jesus deu-nos esse exemplo (Mt 22.17-21).

Em países democráticos, como o Brasil, todos os aspectos da vida pública e privada são regrados por um ordenamento jurídico, sob uma Constituição, que a todos vincula. Isso é necessário para que haja previsibilidade e segurança jurídica. Nenhuma pessoa ou Poder está acima da Constituição Federal. Ninguém pode agir de modo a violá-la.

As alterações constitucionais possíveis somente podem ser feitas pelo Parlamento, onde atuam os representantes eleitos pelo povo. Essa, pelo menos, é a moldura constitucional.

No Brasil, o Legislativo é chamado de Congresso Nacional e é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Missão do Poder Legislativo:

Legislar: Criar e modificar leis de acordo com as necessidades e interesses da sociedade.

Fiscalizar: Monitorar e controlar as ações do Poder Executivo, garantindo a legalidade e a transparência nas ações governamentais.

Representar: Ser a voz da população, traduzindo seus anseios e preocupações em projetos de lei e outras iniciativas.

Quando os poderes entram em conflito ou um tenta se sobrepor aos outros, há um descumprimento das funções estabelecidas, o que resulta na violação da constituição e provoca grandes impactos negativos na sociedade.

Isso desequilibra o sistema de governança, gerando instabilidade e sofrimento para a população, que é diretamente afetada pela falta de harmonia e respeito às leis fundamentais.

Oremos pelas autoridades de nosso país (1 Tm 2.1,2).

3. O direito de defesa.

Assuero não podia revogar seu decreto, mas emitiu outro; uma espécie de contraordem, que permitia aos judeus exercerem seu direito de defesa diante de seus inimigos, no dia assinalado no decreto anterior (Et 8.8-13). O texto nos faz entender que havia, em todo o reino, grupos sistematicamente hostis aos judeus (Et 8.11,13; 9.1,2,5).

O plano de Hamã era extremamente perverso, pois colocava os judeus em uma posição de extrema vulnerabilidade, sendo alvos de ataques sem poder de resistência, já que contra eles estaria não apenas o poder do império persa, mas também diversos grupos de povos que haviam sido subjugados pelos persas e que nutriram ódio pelos judeus.

Esses grupos, aproveitando-se da situação, representam os oportunistas que tentam se beneficiar em momentos de crise e conflito.

Não era, portanto, uma vingança gratuita e indiscriminada. A ordem foi enviada para todas as províncias e produziu muita alegria entre os judeus e temor em todos os povos. Muitos chegaram a se tornar judeus (Et 8.17).

Tomaram-se judeus. Essa é a única vez que essa expressão aparece na Bíblia e há várias interpretações para essa ocorrência. As pessoas de outros povos poderiam “tomarem-se judeus” pela conversão, por se declararem judeus (“se fizeram judeus” por causa dos benefícios em potencial) ou por se aliarem aos judeus.

A última alternativa explicaria a subsequente vitória obtida pelos judeus à medida que mais pessoas se engajavam em seus grupos de batalha.

Quando os judeus receberam o direito de se defender, o cenário mudou drasticamente. O poder do império persa passou a estar ao lado deles, o que fez com que muitos povos escolhessem apoiar os judeus.

Eles entenderam que lutar contra os judeus seria um suicídio, dada a proteção e o apoio que agora tinham. Deus, mais uma vez, interveio, mudando a situação e trazendo livramento ao Seu povo, demonstrando Seu cuidado e poder soberano.

No dia da pretendida matança, aconteceu o contrário do que esperavam os inimigos: os judeus se assenhorearam deles, inclusive ajudados pelos nobres e todos os maiorais das províncias, que haviam ouvido falar de Mardoqueu e o temiam (Et 9.1-4).

Somente na cidadela de Susã foram mortos 500 homens, incluindo os dez filhos de Hamã. Setenta e cinco mil em todo o reino persa (Et 9.11-16). No dia seguinte, mais 300 mortos na cidade de Susã (Et 9.15).

Mesmo com a permissão para se defender, o ódio ainda levou alguns a atacar os judeus em Susã e em outras cidades. Em Susã, cerca de 800 pessoas foram mortas, e no restante do império persa, aproximadamente 75.000. A violência e o ressentimento persistiram, mas o poder de Deus garantiu a vitória e o livramento do Seu povo.

Deus não se alegra com a morte dos pecadores. Embora os judeus agora pudessem se defender, o decreto de Hamã, mesmo com a aprovação do rei, não estava mais em sintonia com a vontade do rei.

No entanto, alguns quiseram atacar os judeus, em vez de aceitar a nova realidade e deixar de lado o decreto. Isso demonstra como o ódio e a hostilidade podem persistir, mesmo diante de oportunidades para a reconciliação e a mudança.

SINÓPSE I

A rainha Ester suplica humildemente a segurança jurídica para exercer o direito de defesa.

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II – A RAINHA ESTER ESCREVE BOAS NOTÍCIAS PARA O SEU POVO

1. A comemoração dos judeus.

O dia 14 do décimo segundo mês foi de grande festa para os judeus de todo o Império Persa. O sentimento de alívio pelo grande livramento tomou conta do povo judeu e precisava ficar marcado. Mardoqueu registrou os fatos e escreveu cartas para os judeus de todas as províncias, instituindo uma festa comemorativa, a Festa de Purim.

A festa de Purim deveria ser celebrada anualmente, sempre inspirada na dramática história de Ester. O fato de ser celebrada ainda hoje confirma sua autenticidade. A festa comemora mais o livramento do povo do que a queda de Hamã.

Ela lembra o livramento dos judeus de um sério perigo, sendo um Dia de Ações de Graça para o povo escolhido.

Livramento é a nota dominante da história dos judeus, pois Deus sempre livrou essa nação do perigo e da servidão. Ainda hoje, Deus libertará seu povo na hora da aflição.

Hamã havia lançado sorte (pur) para matar os judeus no dia 13. Agora, o dia 14 seria estabelecido como um dia de festa, um feriado nacional a ser inscrito na história judaica, para comemorar o livramento que Deus dera ao povo judeu (Et 9.20-28).

2. A carta e o decreto de Ester.

Depois da primeira carta enviada por Mardoqueu, Ester e o primo escreveram uma segunda carta, confirmando a instituição da Festa de Purim, com dois dias de duração. Era a primeira vez que a rainha Ester se dirigia ao seu povo.

A atitude da rainha Ester é um exemplo notável de como a sabedoria, a prudência, a paciência e a perseverança podem abrir portas, mesmo em circunstâncias desafiadoras. Apesar de sua posição de rainha e do fato de não ter um contato direto com o povo, Ester utilizou sua influência e seus atributos para redigir uma carta para os judeus.

Sua posição na Pérsia foi usada com o propósito de cumprir a promessa de Deus e assegurar o livramento do povo judeu. Isso demonstra como Deus pode usar qualquer pessoa em qualquer situação para cumprir Seus propósitos divinos.

Ao sair de sua pena, a instituição da festa estava fundamentada, agora, em um decreto real (Et 9.32). A festa entrou definitivamente no calendário judeu e é comemorada até os dias de hoje.

3. A exaltação de Mardoqueu.

Assuero conhecia Mardoqueu, mas não sabia de seu parentesco com a rainha Ester até a denúncia dos malfeitos de Hamã. Ester 8.1 diz que foi naquele dia que Mardoqueu compareceu à presença do rei, “porque Ester revelou que ele era seu parente” (NAA).

Assuero deu a Mardoqueu o anel que havia dado a Hamã, e Ester o pôs sobre a casa do agagita (Et 8.2). Mas ainda não era tudo. Depois da morte dos inimigos dos judeus, Assuero engrandeceu ainda mais a Mardoqueu, pondo-lhe como o segundo maior do reino; posição que era ocupada por Hamã (Et 10.3).

Enquanto Hamã usou seu poder para perseguir Mardoqueu e os judeus, movido pelo ódio e pelo desejo de vingança, Mardoqueu, embora sem poder político, conseguiu salvar o rei de uma conspiração mortal. Sem nutrir ódio, sem prejudicar outros e sem desejar o lugar de ninguém, Mardoqueu foi promovido ao segundo maior cargo no reino.

Essa promoção é um testemunho claro de que Deus é quem faz o improvável acontecer, para que Seu nome seja exaltado. Nós, como instrumentos nas mãos de Deus, devemos respeitar Sua vontade, confiando em Seu tempo e maneira para realizar Seus propósitos.

O relato bíblico encerra com um testemunho notável de Mardoqueu: ele foi um homem público exemplar e próspero, trabalhando para o bem de todo o seu povo. O propósito de Deus é usar seus servos em todas as áreas da vida. Tudo o que fizermos deve ser feito para a glória de Deus (1 Co 10.31).

Muitos desejam honras e, até mesmo riquezas, como inspiração em personagens como Ester e Mardoqueu. Entretanto, poucos estão dispostos a pagar o preço alto de chegar aonde Deus deseja que nos encontremos.

Por exemplo, Mardoqueu, exaltado pelo rei, o serviu fielmente por longos anos e, ao mesmo tempo, suportou o ódio e a soberba de Hamã. Quem está disposto a desenvolver essa maturidade no contexto do mundo moderno?      

SINÓPSE II

A rainha Ester emite uma carta e um decreto para os judeus exercerem o direito de defesa.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“QUE REVOGASSE A MALDADE

Embora Hamã tenha sido enforcado como resultado da intervenção de Deus em favor do seu povo (7.10), a ordem original do rei de destruir todos os judeus ainda estava em vigor. Nem mesmo o próprio rei poderia reverter o decreto oficial (v.8).

No entanto, em resposta ao pedido de Ester, um segundo decreto foi promulgado, dando aos judeus o direito de lutar em sua própria defesa no dia estipulado para a sua destruição (vv. 9-17).

Embora Deus certamente possa salvar as pessoas sem a nossa ajuda, quase sempre Ele prefere trabalhar com a nossa fiel participação para realizar os seus propósitos e livrar as pessoas do poder e da influência do mal.

Nesta situação, o resgate de Israel foi resultado de atividade de Deus combinada com seus fiéis seguidores (veja Fp 2.12-13)” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.843).

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III – A MULHER É CHAMADA POR DEUS PARA SER RELEVANTE NO MUNDO

1. Uma mulher notável.

Mardoqueu e Ester exerceram um papel de altíssima relevância no Império Persa, principalmente em relação ao povo judeu. Para isso, não foi preciso disputa ou inversão de papéis. Ester chegou ao cargo de rainha sob profundo respeito, obediência e honra ao primo Mardoqueu, que lhe havia criado como filha.

Na condição de rainha, soube ser humilde, prudente e muito equilibrada. A forma como se dirigia e honrava Assuero contrastava com a atitude irreverente de Vasti. A firmeza moral de Ester fez dela uma mulher notável. Ela entendeu o propósito de Deus para sua vida.

2. A banal “guerra dos sexos”.

Deus não entra em disputas banais, como a tal “guerra dos sexos”, que visa instilar ódio e aversão entre homens e mulheres. O Criador nos fez macho e fêmea, com constituição e papéis distintos, os quais estão claramente revelados nas Escrituras (Gn 1.27; 2.15-18).

No final, julgará a todos conforme as leis perfeitas e justas que estabeleceu. Deus não é afetado por partidarismos e ideologias sexistas. Por isso, chama homens e mulheres para serem relevantes no mundo. A mulher tem muito a contribuir no reino de Deus e no bem-estar de toda a sociedade.

3. O contexto cristão.

Além das mulheres da Bíblia, diversas mulheres exerceram papéis importantes em toda a história da Igreja, tais como: Catarina von Bora, Susannah Wesley, Sarah Kalley, Corrie ten Boom e Ruth Graham.

No contexto assembleiano: Celina Martins Albuquerque, Lina Nyström, Zélia Brito, Frida Vingren, Signe Carlson, Elisabeth Nordlund, Florência Silva Pereira, Albertina Bezerra Barreto, Ruth Doris Lemos, Wanda Freire Costa, dentre tantas outras. Muitas mulheres notáveis permanecem em atuação em solo brasileiro e em todo o mundo.

Não temos tempo para mencionar todas as mulheres citadas, mas destacaremos duas para entender a importância do trabalho feminino e como ele foi fundamental para que homens de Deus pudessem exercer seus ministérios com eficácia.

Essas mulheres, com suas atitudes, não apenas apoiaram, mas também colaboraram de maneira decisiva no cumprimento dos propósitos divinos.

Catarina von Bora – A esposa de Martinho Lutero foi uma ex-freira, contribuiu de forma efetiva para a prosperidade da família Lutero. Ela comprou terras, coordenou uma fábrica e alugou um açude para a criação de peixes. Além da sua capacidade administrativa, […] foi uma grande parceira de seu marido e reformador Lutero.

Provavelmente, participou de muitas discussões e conversas teológicas que aconteceram ao redor da mesa em sua casa com estudantes e reformadores. Numa conversa à mesa, Lutero disse: “[…] eu não trocaria minha Kathe nem pela França nem por Veneza. Ela me foi dada por Deus, assim como eu fui dado a ela”.

Lutero desejava que o nome da esposa aparecesse junto ao dele na história da Reforma e aqui estamos falando dela.

Susannah Wesley – Ela é um dos melhores exemplos das virtudes domésticas que a cristandade proporcionou. Ela foi responsável por criar e educar o fundador do metodismo, João Wesley, e seus irmãos, imprimindo neles traços de seu caráter extraordinário.

Susanna fez de seu lar uma escola para os filhos. Durante seis horas por dia, ao longo de vinte anos, ela ensinou cada um deles. Essa mulher de Deus chegou ao ponto de ensinar a um dos filhos a mesma lição vinte vezes, o que a levou a ser questionada pelo marido. Em resposta, disselhe que, se ficasse satisfeita com dezenove vezes, seu esforço teria sido inútil.

Aquela mulher admirável seguia uma rotina diária e utilizava diferentes métodos. Quando instada por João Wesley para que escrevesse sobre detalhes da educação que aplicou, concordou com relutância, afirmando que seria difícil seguir seus métodos sem a abdicação do mundo, porque devotar cerca de vinte anos na esperança de conduzir os filhos à salvação é uma tarefa para poucos.

SINÓPSE III

A firmeza moral da rainha Ester é uma inspiração para a mulher cristã do século XXI.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“PURIM

Mardoqueu estabeleceu a Festa de Purim (cf. vv. 20,23), uma festividade de dois dias que comemorava a maneira como Deus havia salvado o seu povo do terrível plano de Hamã de aniquilar a raça dos judeus. (1) A festa recebeu o nome de ‘Purim’ em referência à maneira como Hamã usou ‘pur’ (heb, ‘sorte, porção’; como se lançasse dados ou sortes) para determinar o dia em que os judeus deveriam ser destruídos (veja 3.7, nota).

(2) Purim nos lembra que Deus pode anular os planos e as circunstâncias das pessoas. Os seus atos não são aleatórios nem sem propósito. O povo de Deus nunca deve se considerar vítima desamparada ou impotente do destino ou do acaso.

Em vez disso, eles devem ser fortes na fé de que Deus tem um plano significativo para cada vida – um propósito que se encaixa perfeitamente no objetivo supremo de salvar as pessoas e trazê-las a um relacionamento pessoal com Ele. Devemos assumir uma posição de defesa de Deus, como fizeram Mardoqueu e Ester” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.846).

CONCLUSÃO

Com alegria e gratidão estamos concluindo o estudo dos livros de Rute e Ester. Acima do papel humano visto nestas histórias, a providência divina é contemplada do começo ao fim. O Deus que tudo provê continua agindo em favor de seu povo.

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. Que impedimento havia para Assuero revogar o decreto que permitia o extermínio dos judeus?

Assuero não podia revogar seu decreto por causa do limite estabelecido pelo império da lei dos medos e persas.

2. Qual a importância de todos estarem sujeitos às leis?

Isso é necessário para que haja previsibilidade e segurança jurídica.

3. Qual a saída encontrada para livrar os judeus?

Assuero não podia revogar seu decreto, mas emitiu outro; uma espécie de contraordem, que permitia aos judeus exercerem seu direito de defesa diante de seus inimigos, no dia assinalado no decreto anterior (Et 8.8-13).

4. O que foi estabelecido para comemorar o livramento do povo judeu?

Mardoqueu registrou os fatos e escreveu cartas para os judeus de todas as províncias, instituindo uma festa comemorativa, a Festa de Purim.

5. Como Mardoqueu foi exaltado e que exemplo nos deixa?

Assuero deu a Mardoqueu o anel que havia dado a Hamã, e Ester o pôs sobre a casa do agagita (Et 8.2). Assuero engrandeceu ainda mais a Mardoqueu, pondo-lhe como o segundo maior do reino; posição que era ocupada por Hamã (Et 10.3). Com Mardoqueu aprendemos que o propósito de Deus é usar seus servos em todas as áreas da vida. Tudo o que fizermos deve ser feito para a glória de Deus (1 Co 10.31).

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